Desde os primeiros algoritmos que recomendavam o próximo filme na Netflix, a inteligência artificial vem crescendo nos bastidores das marcas. Mas foi nos últimos dois anos que ela deixou de ser só um papo de tech e passou a ser o centro das conversas entre profissionais de marketing e design.
Com a chegada de ferramentas como ChatGPT, Grok Sora, Runway, Adobe Firefly e Midjourney, o uso de IA deu um salto. O que era experimentação virou produção real, alimentando campanhas inteiras e repensando a forma como criativos trabalham. E aí o burburinho virou debate: afinal, a IA veio pra empoderar ou eclipsar a criatividade humana?

IA como MVP: Acelerando o Game Criativo
Vamos dar o braço a torcer: a IA virou um verdadeiro MVP nos times de criação. Ferramentas como ChatGPT, Runway e Grok estão permitindo brainstorms mais rápidos, versões automáticas de posts, vídeos, protótipos, scripts, e até layouts de identidade visual. O Sora da OpenAI promete revolucionar o audiovisual com vídeos realistas gerados por prompts. Loucura? Realidade.
O relatório recente da Salesforce mostrou que 75% dos profissionais de marketing já usam IA para personalizar conteúdo em escala — e muitos relatam aumento de produtividade e qualidade. A inteligência artificial vem se consolidando como uma aliada poderosa na rotina criativa, otimizando processos, acelerando entregas e permitindo que as equipes foquem no que realmente importa: as ideias. Mais do que automatizar tarefas, a IA está ajudando a elevar o nível estético e estratégico das campanhas, combinando precisão algorítmica com intuição humana. O resultado? Um novo modelo de criação híbrido — que une a velocidade da máquina com a alma do artista.
Modelos e campanhas criadas por AI já são realidade. E agora?
A rede sueca de fast fashion H&M anunciou que usará inteligência artificial para criar clones digitais de 30 modelos, cujas imagens serão usadas em suas campanhas ao longo de 2025. Segundo a empresa, as modelos terão controle total sobre os seus avatares. Aqui começam os primeiros questionamentos. Fato é que os custos de um shooting com modelos reais são mais altos por envolverem muitas pessoas, locações, produção. A IA permitirá economizar e tornar o processo de produção de imagens mais ágil e barato.

Nos perguntamos, em que medida essas modelos, mesmo pagas, não se sentirão plagiadas por uma versão sem alma de si mesmas? Entra aí também uma questão ética, e não só para elas. Saberemos, nós, diferenciar uma pessoa de um avatar num vídeo polêmico, numa foto, ou até no cinema? Uma pesquisa da Bain & Company, com cerca de 700 compradores norte-americanos, por exemplo, descobriu que provavelmente não: 71% afirmam não saber diferenciar uma imagem real de uma imagem gerada por IA. Por enquanto apenas na Europa há regulamentação sobre a questão com uma nova lei que entra em vigor a partir de 2026 que obriga os conteúdos criados por IA a serem identificados como tal. Fonte
O Outro Lado: A Criatividade Humana Tá em Jogo?
Mas nem todo mundo tá aplaudindo. Muitos designers e diretores criativos veem a IA como uma ameaça à essência do fazer criativo. A crítica é clara: a IA pode gerar conteúdo rápido, mas será que consegue emocionar de verdade?

Um artigo da Yellow Duck Marketing intitulado “Think Twice Before Using AI for Your Brand Identity” argumenta que, em meio à adoção crescente da inteligência artificial, as marcas correm o risco de perder sua identidade ao padronizar criações. A publicação destaca que, ao depender excessivamente da IA, as interações podem se tornar robóticas e impessoais, afastando os consumidores. O artigo sugere que a solução está em equilibrar a tecnologia com a intervenção humana para manter a autenticidade nas experiências de marca. (yellowduckmarketing.com)
“Pense duas vezes antes de usar IA para sua identidade de marca”
A Creative Review reforça essa perspectiva, enfatizando que o toque humano — aquele insight brilhante vindo de uma conversa, uma lembrança ou um rabisco de caderno — ainda é o diferencial que conecta marcas às pessoas. A publicação argumenta que qualidades como imprevisibilidade e nuance, muitas vezes ausentes em experiências digitais automatizadas, são essenciais para criar conexões significativas com o público. (creativereview.co.uk)
E aí vem a dúvida: o que define uma criação “boa”? A eficiência ou o impacto emocional?
Equilíbrio é o Nome do Jogo
A Accenture demonstrou em um estudo recente que empresas que combinam inteligência artificial com talento criativo podem aumentar a performance de campanhas em até 30%. O relatório destaca que organizações que reinventam suas operações utilizando uma base digital sólida e investindo em capacidades como IA e talento humano conseguem acessar uma nova fronteira de desempenho. Accenture | Let there be change
No Behance, o projeto “A Dream Machine” exemplifica como a união entre IA e o toque humano resulta em narrativas mais ricas, visuais envolventes e entregas mais rápidas — sem perder a alma. O projeto demonstra o potencial da IA como ferramenta para contar histórias, expandindo os limites criativos enquanto mantém um toque profundamente humano. Behance
Como a Motion Brand Joga Esse Jogo
Na Motion Brand, a gente tá all in no equilíbrio. A IA tá nos bastidores, ajudando nossos designers a criar banners, vídeos e posts com uma agilidade que os grandes departamentos de marketing exigem. Usamos ferramentas de IA pra gerar rascunhos rápidos, mas o fechamento do criativo é 100% humano, garantindo aquele glow que só o toque de um criativo traz. Isso nos permite entregar peças em até 24 horas, mantendo a qualidade que faz marcas brilharem. Curtiu? Cola na nossa página de serviços e bora bater um papo.
Ainda é você quem dá alma pra tudo. 💜

E Você? Tá Pro ou Contra a IA?
Seja você um entusiasta da inovação ou defensor da arte feita à mão, o fato é inegável: a inteligência artificial já está transformando o marketing e o design. Não é mais um assunto futurista — é o presente batendo à porta (ou melhor, invadindo o briefing). Ferramentas de IA estão otimizando processos criativos, automatizando tarefas repetitivas, sugerindo ideias, testando variações e, sim, entregando peças com uma velocidade que desafia qualquer cronômetro humano.
Mas isso não significa o fim da criatividade humana. Significa uma nova era — onde o papel do criador muda de executor para estrategista, de designer para curador, de artista para condutor.
Nesse novo jogo, quem se destaca não é quem resiste à mudança, mas quem sabe usar a IA como extensão do seu talento. Quem entende que criatividade não é apenas o que se faz com as mãos, mas o que se pensa com visão. A IA pode gerar, mas ainda depende de direção.
A pergunta agora não é mais se você vai usar IA no seu processo criativo. A pergunta é: qual será o seu lugar nesse ecossistema híbrido? Vai liderar a revolução ou ser engolido por ela? Porque o jogo mudou — e criatividade, agora, também se mede pela capacidade de adaptação.
Obrigado por dedicar seu tempo à leitura. 💜
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